quarta-feira, 21 de março de 2012

O mundo está com sede



Dois terços da população mundial em 2025 não terão acesso à água potável se nada for feito para evitar a escassez

Nesta quinta-feira, o Dia Mundial da Água completa 20 anos. A data, 22 de março, foi escolhida pela ONU (Organização das Nações Unidas) durante a conferência Eco-92, no Rio de Janeiro, para alertar para a escassez de água potável. Isso porque 97% da água do planeta é salgada e está no mar, imprópria para ser bebida; 1,75% é gelo; 1,24% está em rios subterrâneos. Para as mais de 7 bilhões de pessoas vivas no mundo está disponível apenas 0,01% do total de água da Terra.

A natureza pode ser irônica quando responde às agressões causadas pelo homem. Exemplo disso é a relação da humanidade com a água, o líquido mais abundante da Terra. Tratamos tão mal nosso planeta que acabamos nos colocando numa realidade catastrófica, de dupla face: ao mesmo tempo em que corremos o risco de afogar nossas cidades sob a água salgada do mar, padecemos da falta de água doce.

Relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU) repetem o diagnóstico cada vez mais alarmante: mais de 1 bilhão de pessoas - o equivalente a 18% da população mundial - não têm acesso a uma quantidade mínima aceitável de água potável, ou seja, água segura para uso humano. Se nada mudar no padrão de consumo, dois terços da população do planeta em 2025 - 5,5 bilhões de pessoas - poderão não ter acesso à água limpa. E, em 2050, apenas um quarto da humanidade vai dispor de água para satisfazer suas necessidades básicas.

A escassez de água não ameaça apenas com a sede. Traz a morte na forma de doenças.
Segundo a ONU, 1,7 bilhão de pessoas não têm acesso a sistemas de saneamento básico e 2,2 milhões morrem a cada ano em todo o mundo por consumir água contaminada e contrair malária, etc

As populações que habitam as áreas mais áridas da Terra vivem o que se chama "estresse hídrico", uma reunião de fatores ambientais, como falta de chuvas, e socioeconômicos, como crescimento demográfico alto, que resulta em gente demais para água de menos.

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