sábado, 4 de janeiro de 2014

Onde está sendo jogado o lixo eletrônico?



Até recentemente o Ocidente era a principal fonte de lixo eletrônico na Ásia – apenas nos Estados Unidos, estima-se que 350.000 celulares e 130.000 computadores sejam jogados fora todos os dias. Mas o quadro está mudando. Metade deste lixo processado hoje na China é gerado no próprio país.
O lixo eletrônico europeu e americano está declinando no montante do que se processa no sudoeste da Ásia, enquanto países na região, como Tailândia e Malásia, se tornam rapidamente contribuintes.
Talvez agora seja a hora de a região estabelecer um sistema de reciclagem robusto, em vez de apenas limitar a importação de lixo eletrônico.

Uma pesquisa de mercado publicada no mês passado mostrou que desenvolvimentos rápidos de novas tecnologias de laptops, smartphones e tablets estão encorajando um abandono também rápido de velhos modelos na Ásia, causando um aumento súbito no lixo eletrônico. Os upgrades constantes estão sublinhando a urgência do descarte seguro destes produtos.

Os dois principais destinos do lixo eletrônico do mundo desenvolvido são a China e a Índia, onde comunidades inteiras, inclusive crianças, vivem de retirar metais, vidro e plástico de computadores velhos. Apenas na cidade chinesa de Guiyu, cerca de 150.00 pessoas estão empregadas nesta atividade.

Paises subdesenvolvidos no sudoeste da Ásia, como Camboja, Indonésia, Vietnã e Myanmar também se tornaram locais de descarte. A Indonésia, por exemplo, importa produtos descartados dos EUA e exporta seus resíduos valiosos para a China. O Camboja recebe o lixo eletrônico de outros países da região. E os métodos primitivos da extração do que presta nele causam grandes danos ao ambiente e à saúde das pessoas. Alguns itens são selecionados à mão, e liberam um coquetel de toxinas no ar.
Uma das reações ao problema é um movimento pela proibição total do comércio de lixo eletrônico, mas exportações ilegais e contrabando tornariam isto inexequível.
A Convenção da Basiléia, de 1994, foi destinada a introduzir um sistema de controle de importação e exportação de resíduos perigosos. Um ano depois de sua introdução, ela foi emendada, falando apenas de uma proibição parcial, em reconhecimento de que era realista aceitar que se podia reduzir mas não completamente banir tais trocas. A emenda foi aceita até agora por 73 países, e eles incluem a maioria dos países desenvolvidos, mas não os Estados Unidos.


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