domingo, 3 de janeiro de 2010
Exemplo de reflorestamento
EMBRAPA
Pesquisadores da Embrapa Rondônia avaliaram o desempenho de 11 espécies nativas com potencial para recuperação de áreas degradadas na Amazônia e segundo os dados obtidos, mesmo sem condições ideais de solo, o índice de sobrevivência das plantas nos seis primeiros meses foi superior a 99% o que comprova o rápido crescimento de algumas espécies na região.
A pesquisa avança na coleta de informações ainda raras sobre o cultivo de árvores nativas na Amazônia.
O experimento é conduzido em uma unidade de observação de 3,86 hectares localizada no Campo Experimental de Presidente Médici, uma propriedade da Embrapa localizada na região central do Estado de Rondônia, a 400 quilômetros da capital, Porto Velho. Foram plantadas 262 mudas em uma pastagem cortada por um rio e impactada pela pecuária intensiva.
O trabalho recupera área de preservação permanente e reserva legal, que são exigidos por lei e precisariam ser recompostos em inúmeras propriedades rurais da região.
Melhor desempenho
Dentre as espécies plantadas, uma das que apresentou melhor desempenho foi a guapuruvú ou garapuvú, uma leguminosa característica da floresta atlântica, mas que também ocorre naturalmente na região amazônica. No primeiro ano de acompanhamento, mudas com crescimento mais rápido alcançaram 1,6 metro de altura.
Outra árvore nativa que apresentou crescimento acelerado e alto índice de sobrevivência no experimento foi o sobrasil, também conhecido como sobraji, que ocorre naturalmente em matas abertas e pode alcançar 20 metros de altura na fase adulta.
Mudas de ipê amarelo e jatobá também se mostraram aptas para a recuperação da área. A pesquisadora Michelliny Bentes-Gama, da Embrapa Rondônia, explica que a área foi dividida em três seções para avaliar o desempenho das mudas plantadas em diferentes espaçamentos. Na primeira seção, a de menor densidade, foi adotado espaçamento de 10 por 10 metros.
Dessa forma, as plantas apresentam bom crescimento, sem tortuosidade no tronco e sem competição por espaço, explica a pesquisadora. Nas outras duas seções foram adotados espaçamentos de cinco por cinco metros e de três por três metros, onde a competição é maior. O sucesso de cada espécie está sendo avaliado.
Recuperação natural
Um dos pontos que chamou a atenção da equipe que acompanha o experimento foi a regeneração natural da área. Entre as árvores plantadas surgem mudas que nasceram naturalmente, influência de um remanescente natural de floresta que fica nas proximidades. “O fato de isolar a área, impedindo o acessos dos búfalos criados na propriedade, já favoreceu a regeneração natural da vegetação”, explica a pesquisadora Michelliny.
Fonte: www.portaldomeioambiente.org.br
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