quarta-feira, 4 de março de 2009

Darwin no Brasil


SCIENTIFIC AMERICAN-BRASIL-Reportagem-fevereiro de 2009
Darwin no Brasil - Encanto com a natureza e choque com a escravidão.
Na passagem pelo Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, Darwin descobre um mundo novo de sedução e horrores

por Ulisses Capozzoli

Em 27 de dezembro de 1831, depois de ser deslocado duas ou três vezes por ventos contrários, o HMS Beagle, um brigue com 10 canhões sob o comando do capitão Fitz-Roy deixou a localidade de Davenport, no sudoeste da Inglaterra, para uma viagem de quatro anos e nove meses ao redor do mundo. Um personagem, que a história tornaria o passageiro mais importante a bordo do Beagle, tinha pouco mais de 22 anos e havia sofrido alguns reveses profissionais antes de se envolver com a história natural. Charles Robert Darwin (Shrewsbury, 12 de fevereiro de 1809 – Downe, Kent, 19 de abril de 1882) cujo nome seria sinônimo de evolucionismo, ainda era um criacionista despreocupado quando o Atlântico se abriu à sua frente para a viagem que reformularia não apenas suas convicções pessoais, mas mudaria profundamente toda a história da ciência.
Em 4 de abril o Beagle atracou no Rio de Janeiro e aí começaram as descobertas que, do ponto de vista natural, seduziram e encantaram o jovem naturalista, ainda que, do ponto de vista social tenham sido motivo de frustração, desencanto e, em alguns momentos, de completo horror, ao ver como eram tratados os escravos.
O vôo de borboletas, e os vagalumes (a diversidade destas espécies) foram o primeiro encantamento de Darwin.

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